quarta-feira, 14 de março de 2012

Polêmica do clima chega à sala de aula

Depois de anos em que a teoria da evolução foi um dos temas mais polêmicos da educação científica, a mudança climática se tornou a nova batalha nas escolas dos Estados Unidos.

A briga pode piorar em abril, quando várias instituições nacionais divulgarão a proposta para os novos padrões de ensino científico que incluem instruções detalhadas sobre a mudança do clima. Entre os grupos que estão preparando as instruções está o Conselho Nacional de Pesquisa, parte da National Academies, um órgão criado pelo Congresso americano.


O conselho está finalizando um documento iniciado ano passado que diz que a mudança climática é causada parcialmente pelas ações do homem, como a queima de combustíveis fósseis. O documento afirma que a elevação da temperatura mundial pode ter "consequências graves" para o planeta.


A maioria dos cientistas que estudam o clima aceita essa ideia. Mas ela ainda é debatida por alguns cientistas, o que alimenta o conflito entre pais e professores. Os mais céticos dizem que os alunos só estão conhecendo um lado da história. "Acho que no momento não há evidência que justifique tanto alarme", disse Richard Lindzen, professor de meteorologia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e um dos maiores críticos das teorias sobre a mudança do clima.


Os pais dos dois lados do debate são muito sensíveis a possíveis problemas na sala de aula. Kimberly Danforth, de 50 anos, disse ter se queixado ao assessor de ciência da escola da filha, quando ficou sabendo que o professor da oitava série fingiu que ia vomitar enquanto falava da mudança do clima. O professor explicou que estava fazendo o papel de advogado do diabo e na verdade acredita nas teorias da mudança climática.

(Valor Econômico)

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