domingo, 14 de abril de 2013

REVISTAS DE ENSINO DE FÍSICA E CIÊNCIAS DA NATUREZA

Segue uma relação de revistas DE fÍSICA E CN Boa Leitura · Caderno Brasileiro de Ensino de Física: www.fsc.ufsc.br/ccef · Revista Brasileira de Ensino de Física: www.sbfisica.org.br/rbef · Revista Física na Escola: www.sbfisica.org.br/fne · Revista Ciência & Educação: www2.fc.unesp.br/cienciaeeducacao · Revista de Ensino de Ciências: www.cienciamao.if.usp.br/tudo/index.php · Revista Ensaio – Pesquisa e Educação em Ciências: www.fae.ufmg.br/ensaio · Revista Investigação em Ensino de Ciências: www.if.ufrgs.br/ienci · Revista Ciência Hoje: http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch e Revista Ciência Hoje das Crianças: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/revista-aberta · Scientific American: http://www2.uol.com.br/sciam/ · Pesquisa FAPESP: http://revistapesquisa.fapesp.br/ · Scientific Eletronic Library Online: http://www.scielo.org/php/index.php · UNESP Ciência: http://www2.unesp.br/revista/?page_id=1254

segunda-feira, 11 de março de 2013

Uma ponte entre a ciência e o grande público

JC e-mail 4680, de 08 de Março de 2013. Mesa redonda no Instituto de Física da USP vai discutir quais as finalidades da divulgação científica, como ela deve ser feita e qual o papel da comunidade científica nessa tarefa Na próxima quarta-feira, dia 13 de março, o Instituto de Física da USP vai receber a mesa redonda "Divulgação científica: uma ponte entre a ciência e o grande público". Participarão do debate o mediador Ernst Hamburger e os palestrantes Caio Lewenkopf, do Instituto Ciência Hoje; Mariluce Moura, pesquisadora da Fapesp; e Ulisses Capozzoli, do Scientific American Brasil. Otaviano Helene é o responsável pela organização. O evento está marcado para as 14h, no Auditório Abrahão de Moraes. A mesa pretende discutir quais as finalidades da divulgação científica, como ela deve ser feita e qual o papel da comunidade científica nessa tarefa. O evento será transmitido pela IPTV, que pode ser acessada pelo site www.iptv.com.br --------------------------------------------------------------------------------

Terra se aproxima de maiores temperaturas em 11 mil anos

JC e-mail 4680, de 08 de Março de 2013. Pesquisa reuniu dados de 73 localidades ao redor do mundo para estimar a temperatura global (e local) no período geológico conhecido como Holoceno Um novo estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Estadual do Oregon e da Universidade Harvard, ambas nos EUA, reconstruiu a temperatura média da Terra nos últimos 11,3 mil anos para compará-la aos níveis atuais. A boa notícia: a Terra hoje está mais fria do que já esteve em sua época mais quente desse período. A má: se os modelos dos climatologistas estiverem certos, atingiremos um novo recorde de calor até o final do século. O trabalho, publicado na revista "Science", reuniu dados de 73 localidades ao redor do mundo para estimar a temperatura global (e local) no período geológico conhecido como Holoceno, que começou ao final da última era do gelo, há 11 mil anos. Depois de consolidar todas as informações, em sua maioria provenientes de amostras de fósseis em sedimentos oceânicos, num único quadro --além de usar técnicas matemáticas para preencher os "buracos" encontrados nas diversas fontes usadas para estimar a temperatura no passado--, os cientistas puderam recriar uma "pequena história da variação climática da Terra". Diz-se pequena porque os resultados não permitem enxergar a variação ocorrida em uns poucos anos. É como se cada ponto nos dados representasse a temperatura em um período de 120 anos. A HISTÓRIA Os dados confirmam uma velha desconfiança dos cientistas: a de que a Terra passou por um período de aquecimento que começou cerca de 11 mil anos atrás. Em 1,5 mil anos, o planeta esquentou cerca de 0,6ºC e assim se estabilizou, durante cerca de 5.000 anos. Então, 5,5 mil anos atrás, começou um novo processo de esfriamento --que terminou há 200 anos, com o que ficou conhecido como a "pequena era do gelo". O planeta ficou 0,7ºC mais frio. Entram em cena a industrialização acelerada e o século 20. O planeta volta a se esquentar. No momento, ele ainda não bateu o recorde de temperatura visto no início do Holoceno, mas já está mais quente que em 75% dos últimos 11 mil anos. Assim, o estudo confirma que a temperatura da Terra está subindo em tempos recentes e mostra que a subida é muito mais rápida do que se pensava. "Essa pesquisa mostra que já experimentamos quase a mesma faixa de mudança de temperatura desde o início da Revolução Industrial que foi vista nos 11 mil anos anteriores da história da Terra --mas essa mudança aconteceu muito mais depressa", comenta Candace Major, diretor da divisão de Ciências Oceanográficas da Fundação Nacional de Ciência dos EUA, que financiou o estudo. Por outro lado, a baixa resolução temporal do estudo (é impossível distinguir efeitos de poucos anos) dificulta a comparação com o atual fenômeno de aquecimento. Para a mudança climática atual se tornar relevante na escala de tempo analisada pelo modelo de reconstrução dos últimos 11 mil anos, ela precisa continuar no próximo século. Segundo os modelos do IPCC (Painel Intergovernamental para Mudança Climática), da ONU, é isso que vai acontecer. Contudo, ainda há incertezas sobre a magnitude do fenômeno. De toda forma, mesmo pelas estimativas mais otimistas, quando chegarmos a 2100, se nada for feito, provavelmente estaremos vivendo o período mais quente dos últimos 11 mil anos. (Salvador Nogueira - Folha de São Paulo)

Hidrelétricas na Amazônia: desenvolvimento para quem?

Hidrelétricas na Amazônia: desenvolvimento para quem? Artigo de Nelson Sanjad Conheci a cidade de Tucuruí em 1988, quatro anos depois de inaugurada a hidrelétrica que interrompeu o fluxo natural do rio Tocantins. Era, então, um espaço populoso, deteriorado e caótico, impressão que se amplificou ao visitar o núcleo urbano da construtora Camargo Correa, protegido por muros, guaritas e homens armados, com casas amplas e ajardinadas, com um confortável hotel para os hóspedes ilustres e com uma bela vista do vertedouro e do lago formado pela barragem. No tour pela usina, um funcionário da Eletronorte orgulhosamente apontou para uma ilhota, informando que a empresa instalara ali um banco genético das espécies vegetais que ocorrem (ocorriam?) na região, sem nada esclarecer sobre as copas de árvores mortas que emergiam por todo o imenso lago, visão que lembra, de imediato, em qualquer espectador, um cemitério repleto de cadáveres mal enterrados. Inquirido por que as árvores não foram retiradas, o funcionário tergiversou (alguém ainda lembra do escândalo Capemi?). Os danos sociais e ambientais - para não falar das questões éticas e nem da corrupção - que as grandes obras de infraestrutura provocam na Amazônia já foram plenamente demonstrados por muitos pesquisadores e jornalistas, assim como também já foi comprovado que os efeitos benéficos desses empreendimentos não se localizam na região, isto é, as promessas de desenvolvimento e oportunidades são cumpridas a muitos quilômetros de distância, às vezes, em outros países e continentes. Na região ficam apenas os royalties (a maior parte dos impostos é desonerada pelo governo federal), o passivo ambiental, alguns empregos disputados por hordas de imigrantes e muita miséria e violência. Esse é um efeito perverso, mas não fortuito. A transferência de matéria-prima e energia da Amazônia para outros lugares faz parte de um projeto colonizador gestado na ditadura militar (1964-1985), que define a região como provedora de recursos para o Brasil - e somente isso. Infelizmente, finda a ditadura há quase 30 anos, esta ainda é a visão que prevalece nos círculos de poder mais importantes de Brasília. As instituições do governo federal responsáveis pelo planejamento, pelo financiamento e pela execução das grandes obras conhecem muito bem esse processo de socialização dos prejuízos. Sabem o que ocorre com os municípios que abrigam tais obras, os efeitos nefastos sobre os sistemas locais de saúde e educação, sobre os preços e a moradia, sobre o transporte, sobre a estrutura fundiária, sobre os modos de vida, sobre a floresta, os animais e os rios. Isto tudo já foi documentado, mas parece não fazer parte ou não importar para o governo que planeja e os empreendedores que constroem. Exemplo atual são os bilhões investidos pelo governo federal na construção da primeira usina do rio Xingu, sem a necessária contrapartida em gastos sociais e ambientais. Ou sem o fortalecimento - em igual proporção - de instituições fundamentais para a governança da região, como a Funasa, o Ibama, a Funai e a Polícia Federal. Ou, ainda, sem uma visão estratégica do planejamento regional e sem a aplicação de recursos - também em igual proporção - em pesquisa científica e tecnológica relevante para a conservação e o desenvolvimento da região. Apesar da distância que separa o governo dos generais e o atual governo democrático do Brasil, em termos de política energética, parece não haver diferenças significativas entre o ano de 1975, quando a UHE Tucuruí começou a ser erguida, e o de 2012, início das obras de Belo Monte. O que mudou foi o discurso politicamente correto de sustentabilidade, mas que se revela sempre como retórica frente às ações concretas. O mais recente número do Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas (dezembro de 2012) encerra um dossiê que aborda esse tema, certamente um dos mais importantes da atualidade, pois tem como horizonte o destino e o futuro da região. Foram convidados três especialistas para responder a seguinte pergunta: as hidrelétricas na Amazônia geram desenvolvimento para quem? O texto do jornalista Lúcio Flávio Pinto (Jornal Pessoal, Pará) parte da experiência histórica da UHE Tucuruí para questionar a construção de Belo Monte, seja nas dúvidas provocadas pelo projeto da obra, na fragilidade dos estudos de viabilidade econômica ou na falta de transparência do governo no processo de planejamento e execução. A geógrafa Bertha Becker (Universidade Federal do Rio de Janeiro) prossegue com um enfoque geopolítico, criticando a falta de integração das grandes hidrelétricas na Amazônia com uma política justa de uso e gestão da água. Ao mesmo tempo em que se prioriza o atendimento às demandas por energia existentes no centro-sul do Brasil e a construção de vias de escoamento de commodities, desconsidera-se a falta de saneamento básico e de acesso à energia elétrica na própria Amazônia. Finalmente, para o engenheiro Francisco Del Moral Hernandez (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, São Paulo), a política energética do governo federal, expressa em planos decenais, deve ser democratizada de maneira a promover o debate público sobre fontes de energia, demanda e oferta, sustentabilidade, impactos ambientais e a efetiva proteção das populações locais. Segundo o autor, também é necessário rever e ajustar o processo de licenciamento ambiental, desde os conceitos básicos que sustentam a avaliação dos analistas, como o de 'área afetada', até a inclusão de novos pontos de análise, como o descomissionamento de hidrelétricas. Essas contribuições iluminam o debate sobre o assunto e incentivam a ampliação de pesquisas sobre planejamento regional, políticas públicas, uso e gestão da água, democracia e bem-estar social no Brasil. A agenda desenvolvimentista foi revigorada com grande ímpeto, travestida de expressões que encantam a imprensa, como 'crescimento econômico', e parece ter sido capturada por fortes interesses econômicos e pelo pragmatismo do governo brasileiro. Mais do que nunca é necessário refletir sobre esse processo e oferecer informações responsáveis à sociedade para que a história contemporânea da Amazônia, de Tucuruí aos novos projetos hidrelétricos dos rios Xingu, Madeira e Tapajós, venha a ter outros ingredientes além do autoritarismo. Para acessar a revista, clique aqui http://www.scielo.br/bgoeldi. Nelson Sanjad é editor científico do Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi.

sábado, 9 de março de 2013

‎6º Encontro Internacional de Astronomia e Astronáutica

‎6º Encontro Internacional de Astronomia e Astronáutica O evento será entre os dias 18 e 20 de abril. A abertura será no Teatro Trianon e haverá alojamento gratuito. https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgK4-l_84_MxXy8Fv-PrB-zwR_T4Lu1K5cjCnSJ1Vlpg3nv78S8KNIJTmxbViS6uphjHhTmEoAU2YyXuNj6IwaQX6P5DwC9Wu5AR7mqyKMk2yJDzwqBCJoklujAZH7FSsuUL2Hc1ZoqSS8/s1600/eiaa2013.JPG 3.bp.blogspot.com

Alfabetização Infantil

Atividades de Alfabetização e Educação Infantil -> http://www.atividadeeduca.com/

APOIO AO PROFESSOR

O Programa Apoio ao Professor é um programa de extensão universitária para a formação continuada de professores e especialistas em educação de todo o Brasil. Totalmente gratuito, ele oferece cursos de extensão na modalidade a distância para qualquer educador ou educadora do país que busque o aperfeiçoamento e o crescimento profissional. O Apoio ao Professor conta com a parceria da Central de Cursos da Universidade Gama Filho, que supervisiona e chancela as suas atividades, oferecendo certificados de participação reconhecidos pelo Ministério da Educação. Diante do alcance e da importância de sua proposta, o Programa Apoio ao Professor tem o apoio da UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, através de seu Escritório Regional para a América Latina e Caribe e da sua Representação ante o MERCOSUL......" Apoio ao Professor www.apoioaoprofessor.com.br Programa de Extensão Gratuito da Central de Cursos da Universidade Gama Filho

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Donald no País da Matemática

legal o vídeo http://www.youtube.com/watch?v=BXQ8qm6hQHM&feature=share

Elétron Licenciatura em Ciências -Univesp TV

https://www.youtube.com/watch?v=tIx0C7eXwgc&feature=player_embedded

Comissão discute propostas de secretários estaduais para o ensino médio

Representante da Capes apresentou os programas da instituição para fomentar a capacitação de professores de nível médio A comissão que trata da reestruturação do ensino médio vai discutir nesta terça-feira as propostas dos secretários estaduais de educação. Para o presidente da comissão, deputado Reginaldo Lopes, do PT de Minas Gerais, o ensino médio não consegue atender nem quem busca uma profissionalização, nem quem quer chegar à universidade. Neste caso, os números são ainda mais dramáticos: de 100 alunos do ensino básico, 50 chegam ao ensino médio e só nove à universidade. Reginaldo Lopes explica que não defende um ensino médio tecnicista, mas sim integrado. "Nós queremos um modelo que garanta ao jovem uma formação integral e integrada entre o conhecimento científico e o conhecimento profissional. Não é conflitante." A representante da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, a Capes, Carmem Castro Neves, apresentou à comissão os programas da instituição, para fomentar a capacitação de professores de nível médio. Ela afirmou que a formação hoje existente á antiquada e pouco estimulante para professores e alunos. Os programas aperfeiçoam a formação de professores nas matérias básicas de Português, Matemática e Ciências e também de gestão escolar. Carmem Castro Neves informou que a tendência hoje na definição curricular é a valorização das matérias básicas, contrariamente à pulverização de temas. "É o domínio da língua e um domínio acadêmico da língua. A língua é estruturante para você ler um texto de psicologia, socilogia, de ciências, de Química. Para você escrever um texto sobre qualquer matéria. O currículo comum ele tem a ver com a língua materna, com a matemática e com as ciências" A comissão também discute na audiência pública de terça-feira como serão as audiências públicas nas 27 unidades da federação. O presidente Reginaldo Lopes quer que seja feito um pré-relatório para servir de base para as discussões. JC e-mail 4671, de 25 de Fevereiro de 2013

Física também é Cultura

Excelente vídeo do Professor João Zanetic http://www.youtube.com/watch?v=4uQxqGW08Xg

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

OBA- Olimpíada Brasileira de Astronomia

Inscrições para Olimpíada Brasileira de Astronomia vão até 13 de março 20/02/2013 Agência FAPESP – Cerca de 1 milhão de estudantes dos ensinos fundamental e médio do país devem participar este ano da 16ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). Essa ao menos é a expectativa dos organizadores do evento, que no ano passado distribuiu mais de 32 mil medalhas e contou com a participação de 800 mil alunos do ensino fundamental e médio de cerca de 9 mil escolas de todas as regiões brasileiras, envolvendo 64 mil professores. As inscrições vão até o dia 13 de março e as provas serão realizadas em 10 de maio, nas escolas. Dividida em quatro níveis (três para alunos do ensino fundamental e um para o ensino médio), cada prova terá dez perguntas: cinco de astronomia, três de astronáutica e duas de energia. “As questões serão, em sua maioria, de raciocínio lógico. Muitas vezes, a resposta poderá até constar nos enunciados de outras questões da mesma prova. Nossa missão principal é levar a maior quantidade de informações sobre astronomia e astronáutica, além de instigar o interesse dos jovens pelas ciências espaciais”, afirmou o astrônomo João Batista Garcia Canalle, coordenador nacional da OBA e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Os estudantes mais bem classificados neste ano vão integrar as equipes que representarão o país nas olimpíadas Internacional de Astronomia e Astrofísica e Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica de 2014. A OBA é coordenada por uma comissão formada por membros da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e da Agência Espacial Brasileira (AEB). Além de Canalle, o grupo responsável é constituído pelos astrônomos Thaís Mothé-Diniz (UFRJ), Douglas Falcão (MAST/MCTI), Jaime Fernando Villas da Rocha (UNIRIO) e pelo engenheiro aeroespacial José Bezerra Pessoa Filho (IAE). Mais informações: www.oba.org.br

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Clip da Nasa

clip da NASA com 6 minutos de filmagem. http://www.youtube.com/embed/XRCIzZHpFtY?rel=0

UNIVESP TV

O canal para quem quer saber mais e aprender sempre! A Univesp TV, canal digital 2.2 da multiprogramação da TV Cultura, é uma das ferramentas de tecnologia de informação e comunicação da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), e visa a formação integral do cidadão. Assista também em www.univesp.tv.br Licenciatura em Ciências: Partículas Elementares

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Popularizar os cientistas brasileiros

JC e-mail 4665, de 15 de Fevereiro de 2013. 14. Livro de história em quadrinhos ajuda a popularizar os cientistas brasileiros Produzida no Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, da UFRJ, a obra, intitulada Sim, nós temos cientistas, divulga a história da ciência no Brasil É brincando que se aprende. Com essa proposta, um livro de história em quadrinhos, produzido no Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IBCCF/UFRJ), vem ajudando a popularizar a ciência entre as crianças. A obra, intitulada Sim, nós temos cientistas, foi publicada com recursos da FAPERJ, concedidos por meio do edital Apoio à Produção de Material Didático para Atividades de Ensino e/ou Pesquisa. "O objetivo do livro é divulgar a história da ciência brasileira, incluindo a produção científica do Instituto de Biofísica da UFRJ, para o público em idade escolar. Queremos aproximar as crianças e os jovens do universo acadêmico, com uma linguagem atraente e de fácil compreensão", disse a bióloga e proponente do projeto Valéria Magalhães, que é coordenadora de Extensão e professora do IBCCF/UFRJ. "O apoio da FAPERJ foi fundamental para a publicação da tiragem de 20 mil exemplares, que serão distribuídos gratuitamente para alunos de todas as escolas municipais e estaduais no decorrer do primeiro semestre de 2013, além de bibliotecas públicas estaduais", completou. A trama tem como personagem principal Chaguinhas, criado em homenagem ao patrono do instituto, o eminente cientista Carlos Chagas Filho - por sinal, também patrono da FAPERJ. No enredo, Chaguinhas recebe três alunos que visitam o IBCCF/UFRJ, que questionam curiosidades sobre a ciência brasileira. Ele explica às crianças qual foi a contribuição de grandes cientistas e acadêmicos, como Malba Tahan, Amoroso Costa, Cesar Lattes, José Leite Lopes, Florestan Fernandes, Darcy Ribeiro, Paulo Freire, Nise da Silveira e Johanna Dobereiner. Ao final dessa história, Chaguinhas propõe um desafio aos personagens. Cada um deles teria que sugerir uma atividade de divulgação científica em seus respectivos colégios, sobre a vida de dois cientistas. Assim, as três histórias seguintes do livro relatam a importância de alguns nomes, como Oswaldo Cruz, Vital Brazil, Carlos Chagas, Adolfo Lutz, Carlos Chagas Filho e Aristides Pacheco Leão. De acordo com a zootecnista e especialista em divulgação científica Daniele Botaro, responsável pelos textos e pelo roteiro da história em quadrinhos, a ideia de fazer a publicação surgiu a partir de uma pesquisa (http://www.mct.gov.br/upd_blob/0214/214770.pdf) realizada em 2010 pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, junto com o Museu da Vida/Fiocruz, que revelou o desconhecimento dos brasileiros sobre a história da ciência no Brasil e dos seus principais cientistas. "No estudo, muitos entrevistados disseram conhecer cientistas estrangeiros, como Einstein, Galileu ou Isaac Newton, mas quase não conseguiram lembrar de nenhum brasileiro no campo da ciência, com exceção de Oswaldo Cruz ou Carlos Chagas, citados em livros de história do Brasil", disse Daniele. "Os entrevistados apontaram ainda dificuldade de entendimento da linguagem usada pelos cientistas, material de divulgação escasso e a forma desinteressante com que esse material é apresentado, como as principais causas desse afastamento entre o público e a ciência", acrescentou a pesquisadora, que foi contemplada anteriormente pela FAPERJ, com o programa de Apoio ao Pós-Doutorado no Estado do Rio de Janeiro. Para Valéria Magalhães, ao atrair o público infanto-juvenil, o livro de história em quadrinhos deve ajudar a popularizar a ciência também entre os adultos. "A criança é um multiplicador do conhecimento. Se produzimos mensagens de divulgação científica para elas, consequentemente atingiremos sua família e amigos", disse Valéria. "É importante divulgar a história da ciência e o que os cientistas fazem para o público em geral, para que o conhecimento acadêmico, muitas vezes hermético, não fique enclausurado na universidade", destacou. Além de contar a história de grandes nomes da ciência brasileira, Sim, nós temos cientistas! cita alguns centros e espaços de divulgação científica fluminenses, como o Espaço Memorial Carlos Chagas Filho (http://www.biof.ufrj.br/memorial/ ehttp://www.facebook.com/emccf), uma das atrações do IBCCF/UFRJ. O espaço conta com um rico acervo de objetos e equipamento antigos do professor Chagas Filho, e está aberto para visitação semanal de estudantes, após agendamento prévio. Em uma visita guiada, os alunos são conduzidos aos laboratórios que compõem o instituto. Para agendar a visita ao Espaço Memorial Carlos Chagas Filho, basta mandar um e-mail para memorial@biof.ufrj.br , ou ligar para (21) 2562-6645. Confira a íntegra do livro Sim, nós temos cientistas em destaque na página do IBCCF/UFRJ: http://www.biof.ufrj.br/memorial/

ENERGIA EÓLICA

JC e-mail 4665, de 15 de Fevereiro de 2013. 10. Parque de energia eólica aumenta 18,6% no mundo, em 2012 Levantamento foi divulgado esta semana pelo Conselho Global de Energia Eólica A capacidade instalada de energia eólica no mundo cresceu 18,6% em 2012, em relação ao ano anterior, totalizando 282,48 mil megawatts (MW). De acordo com levantamento divulgado segunda-feira pelo Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês), os Estados Unidos se destacaram entre os maiores produtores eólicos, com crescimento de 27,8% da capacidade instalada, somando 46,9 mil MW no fim do ano passado. A China continua liderando a lista dos maiores geradores eólicos do mundo, com capacidade instalada de 75,5 mil MW. O montante representou um aumento de 21,1% em relação à potência instalada no fim de 2011. Apesar da orientação do governo chinês de buscar alternativas mais limpas para produção de energia, o gigante asiático, no entanto, apresentou redução no ritmo de crescimento da energia eólica. Em 2011, haviam sido instalados 17,631 mil MW de energia eólica, ante 13,2 mil MW novos registrados no ano passado. Outro emergente, a Índia também diminui o ritmo de crescimento da energia eólica. Enquanto em 2011 foram acrescentados 3,019 MW novos, no ano passado foram adicionados 2,336 MW. Agora a Índia totaliza 18,4 mil MW instalados de energia eólica, na quinta posição do ranking mundial, atrás de China Estados Unidos, Alemanha e Espanha. "Enquanto a China fez uma pausa para respirar, o mercado americano, assim como os europeus tiveram resultados excepcionalmente fortes. A Ásia segue liderando os mercados mundiais, mas a América do Norte está muito próxima, ocupando o segundo lugar, e a Europa vem logo atrás", afirmou o secretário-geral do GWEC, Steve Sawyer em nota. Com crescimento de 75,2% da capacidade instalada, na comparação com 2011, o Brasil fechou o ano com 2,5 mil MW instalados de energia eólica. O país segue como líder da América Latina e Caribe, à frente da Argentina, que possui 167 MW instalados, com crescimento de 47,7% em comparação com 2011. Segundo a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Melo, a capacidade instalada brasileira representa a efetiva inserção da indústria eólica no país. "Somente em 2012, instalamos 38 novos parques eólicos, totalizando 108 empreendimentos e acrescentamos 1 GW no sistema. Também foram investidos no setor cerca de R$ 7 bilhões e a previsão é chegar a R$ 50 bilhões até 2020", afirma a executiva, em nota.

Plano para proteger a Terra de asteroides

JC e-mail 4665, de 15 de Fevereiro de 2013. 8. Grupo da ONU propõe plano para proteger a Terra de asteroides Coordenação internacional seria criada para detectar asteroides potencialmente perigosos e, em caso de risco para a Terra, preparar uma missão espacial com capacidade para desviar sua trajetória Pela primeira vez um grupo de trabalho das Nações Unidas propôs um plano de coordenação internacional para detectar asteroides potencialmente perigosos e, em caso de risco para a Terra, preparar uma missão espacial com capacidade para desviar sua trajetória. "O risco de que um asteroide se choque contra a Terra é extremamente pequeno, mas, em função do tamanho do lugar do impacto, as consequências podem ser catastróficas", indica um relatório entregue esta semana aos Estados-membros por parte do Escritório da ONU para o Espaço Exterior (Unoosa). O relatório de 15 páginas ao qual a EFE teve acesso, se chama "Recomendações da Equipe de Ação sobre Objetos Próximos à Terra para uma Resposta Internacional à Ameaça de um Impacto", e foi elaborado por um grupo de trabalho criado em 2007 em Viena. Atualmente são conhecidos cerca de 20 mil asteroides próximos à Terra, dos quais aproximadamente 300 são potencialmente perigosos, explica o diretor do grupo de trabalho que redigiu o documento, o mexicano Sergio Camacho. Até 2020, o analista prevê que será detectado até meio milhão de asteroides próximos a nosso planeta graças à melhora da tecnologia de localização. "São objetos que estão aí, mas não sabemos onde estão", ressalta. No caso do asteroide DA14, de cerca de 40 metros de diâmetro, e que passará amanhã muito perto de nosso planeta, "se impactasse em Londres, por exemplo, provavelmente destruiria toda sua região metropolitana", destaca o analista. "Ao contrário do que ocorre com os terremotos, os furacões e outros perigos naturais, em relação aos asteroides podemos fazer algo, sobretudo se os encontramos com muita antecipação", sustenta. Assim, o documento considera "prudente e necessário" estabelecer critérios e planos de ação para não perder tempo em "debates prolongados" dado que uma missão espacial para desviar um asteroide requer de muito tempo e "o disponível antes do impacto previsto pode ser pouco". Recomenda-se estabelecer uma rede internacional para detectar os asteroides com um rumo de colisão com a Terra o mais rápido possível, e fixar claros procedimentos de atuação. O relatório destaca que já existem os recursos financeiros para esta rede, mas que se requer de "um centro de troca de informações reconhecido internacionalmente". Além disso, recomenda aos Estados com organismos espaciais "criar um grupo assessor para o planejamento de missões espaciais", que receberia o apoio da ONU em nome da comunidade internacional. O grupo estaria encarregado de estudar fórmulas para "a defesa do planeta" com "uma capacidade de desvio eficaz". Por último, o relatório recomenda estabelecer um planejamento e coordenação para responder a possíveis desastres no caso de não se poder detectar um impacto de asteroide pelas atuais limitações tecnológicas. "Talvez não se possam detectar objetos de entre 30 e 300 metros de diâmetro nem de emitir alertas de impacto" a tempo, por isso é preciso contar com planos de resposta semelhantes a outros grandes desastres naturais, adverte. O documento não menciona nenhum projeto concreto, como a Missão Don Quixote, um plano desenvolvido por empresas espanholas e selecionado pela Agência Espacial Europeia (ESA), que propõe o envio de duas sondas, uma para impactar contra o asteroide e outra para calcular se se conseguiu desviar a trajetória. Camacho detalha que uma possível missão dependeria do tamanho, da velocidade e da proximidade do objeto espacial. No caso de que o corpo espacial se descubra a tempo se lhe poderia acoplar um satélite artificial que variaria pouco a pouco seu rumo, enquanto outra modalidade seria que um veículo espacial impactasse contra o asteroide. "E se não houver tempo, deveria se utilizar algum tipo de dispositivo nuclear" que explodisse cerca do asteroide para desviar ou desacelerar sua trajetória, mas sem fragmentá-lo. Camacho considera que o custo econômico de desenvolver o plano de ação não deveria constituir um problema. "Se se comparar o prejuízo que o impacto de um asteroide em uma zona urbana pode causar com o custo de um lançamento (espacial), não é nada", ressalta. O documento ainda pode sofrer alterações antes de ser adotado, até o próximo dia 22, por uma subcomissão científica em Viena, e em junho, pela Comissão da ONU sobre a Utilização do Espaço Ultraterrestre com Fins Pacíficos. Então será submetido a votação, em outubro, na Assembleia Geral das Nações Unidas, segundo detalha o especialista mexicano, que acredita que o documento não sofrerá grandes alterações.

Acelerador de partículas..........

JC e-mail 4665, de 15 de Fevereiro de 2013. 7. Acelerador de partículas LHC fecha para manutenção por dois anos Máquina mais poderosa do mundo foi usada para descobrir nova partícula. Quando reabrir, acelerador terá mais energia para experiências inéditas. O Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern, na sigla em francês) anunciou nesta quinta-feira que seu principal equipamento passará por uma grande manutenção técnica e ficará dois anos sem funcionar. O Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês) é um acelerador de partículas que funciona num túnel subterrâneo de 27 km na fronteira da França com a Suíça. As experiências feitas no local servem para testar teorias da física de partículas. Em julho do ano passado, foi confirmada a existência de uma partícula que nunca havia sido detectado, e cujas características indicam que ela possa ser o bóson de Higgs, apelidado de "partícula de Deus". A descoberta teve grande impacto na física, pois sua existência era a melhor explicação disponível para explicar o surgimento da massa. Os trabalhos de manutenção no LHC consistirão, entre outros complexos procedimentos, em voltar a efetuar as interconexões entre os ímãs do acelerador para que, quando for ligado novamente em 2015, ele possa funcionar a uma energia de colisão de 14 TeV (teraelétrons-volt ou trilhões de elétrons-volt). Neste nível de energia -- muito acima dos 8TeV que alcançava ultimamente -- o experimento será capaz de confirmar com total certeza científica que essa nova partícula corresponde à de Higgs. Além disso, essa complexa manutenção abriria porta para novas descobertas em relação às partículas elementares e à chamada "matéria escura", que supostamente constitui cerca de 84% do universo, de acordo com a teoria vigente. A passagem prévia à desativação do LHC foi realizada nesta quinta, quando uma equipe do Centro de Controle do Cern extraiu os últimos feixes de prótons do anel do acelerador. O acelerador foi criado em 2008 para colidir feixes de prótons ou íons pesados lançados em direções opostas, com choques que foram capazes de gerar intensidades de energia sem precedentes e que -- após uma avaria inicial, que obrigou os cientistas a interromper seu funcionamento em dez meses entre 2008 e 2009 --, superou as expectativas dos cientistas. "Temos todas as razões para estar muito satisfeitos com os primeiros três anos de exploração do LHC", comentou o diretor-geral do Cern, Rolf Heuer, ao comunicar sua paralisação. "A máquina, os experimentos, as instalações informáticas e todas as infraestruturas funcionaram extremamente bem e agora temos um descobrimento cientifico maior em nosso ativo", acrescentou. O acelerador deverá ser posto novamente em funcionamento em 2015, indicou o organismo cientifico, sem especificar o mês exato.

TEORIA DA RELATIVIDADE-vídeo interessante

http://www.youtube.com/watch?v=z5s9CYEzdcA

Sites de experiências de física

http://www2.fc.unesp.br/experimentosdefisica/

sábado, 26 de janeiro de 2013

UEM está com inscrições abertas para especialização em Biotecnologia

UEM está com inscrições abertas para especialização em Biotecnologia O Departamento de Biologia Celular e Genética da Universidade Estadual de Maringá (UEM) está com inscrições abertas para o curso de especialização em Biotecnologia. Com aulas teóricas e práticas, o curso é presencial e terá início no dia 23 de fevereiro. As inscrições vão até 20 de fevereiro. A proposta da especialização é atualizar e aprofundar conhecimentos na área de Biotecnologia, apresentando modernas ferramentas da Biologia Molecular aplicadas na agroindústria, saúde e meio ambiente, como a transgênese, análise de variabilidade de organismos, terapia gênica, genômica, clonagem, controle biológico, melhoramento animal assistido por marcadores moleculares, dentre outros. O formulário de inscrição está disponível no site do departamento, que depois de preenchido deve ser encaminhado, junto com a documentação exigida, para a secretaria do departamento. A entrega pode ser feita pessoalmente, no Bloco H-67, sala 16, ou enviado pelo correio. Outras informações pelos telefones (44) 3011-4680 e (44) 3011-4342. (Site da SETI do Paraná)

Unesp lança Agência de Notícias

Unesp lança Agência de Notícias Objetivo é servir como base de sugestão de pautas e fontes A Assessoria de Comunicação e Imprensa (ACI) da Reitoria da Unesp oferece, a partir deste mês de janeiro, um novo serviço destinado a jornalistas: a Unesp Agência de Notícias, a Unan (www.unesp.br/agenciadenoticias). A Unan foi criada com o objetivo de difundir as principais atividades e pesquisas publicadas nos diversos veículos de comunicação da universidade e da grande imprensa, além de servir como uma base de sugestão de pautas e fontes. A Agência reúne os destaques do dia nos seguintes canais: Notícias: traz para o jornalista as principais matérias apresentadas no Portal Unesp, com pesquisas de ponta, eventos da universidade, atividades realizadas nos 24 câmpus, informações sobre o vestibular e concursos. Podcast: disponibiliza diariamente arquivos em áudio com pesquisas e opiniões de especialistas sobre os mais diversos assuntos tratados na imprensa diária. Releases: arquivo de todos os materiais encaminhados à imprensa pelas Assessorias de Comunicação da Reitoria e dos Câmpus. Destaques na mídia: espaço que reúne algumas das principais matérias publicadas sobre a Unesp em grandes veículos de comunicação. Minuto Unesp: informativo diário em áudio e vídeo sobre atividades da Universidade. Notas e comunicados: arquivo com todas as notas oficiais enviadas à imprensa. Vestibular: link direto com calendário e diversas informações do concurso. Ações: abriga atividades desenvolvidas e executadas pelas equipes de atendimento à imprensa da universidade, como coletivas e outros eventos. No ar!: A Rádio Unesp e TV Unesp podem ser acessadas ao vivo diretamente pelo site. Também há um link direto para acesso na íntegra a cada um dos veículos de comunicação criados e produzidos pela ACI: Revista Unesp Ciência, Jornal Unesp, Blog ACI, Podcast e Boletim Unesp Informa. Em breve, será lançado o chat online para que os jornalistas se comuniquem diretamente com a equipe de atendimento à imprensa da Reitoria. (Assessoria de Comunicação e Imprensa da Unesp)

O Problema Energético do Brasil

O Problema Energético do Brasil - artigo de Gauss M. Cordeiro e Mariz Menezes* As principais fontes de energia no País são distribuídas da seguinte forma: energia hidráulica (74,3%), energia térmica (gás natural e carvão mineral) (7,0%), biomassa (bagaço de cana de açúcar) (5,1%), petróleo (2,8%), nuclear (2,7%), gás industrial (1,5%) e eólica (0,4%), sendo o restante (próximo a 6,2%) importado. Como se pode verificar desses dados, a matriz energética do País está completamente desbalanceada por conta da nossa elevada dependência da energia hidráulica, que apresenta um forte componente aleatório: a ocorrência de chuvas nas bacias que abastecem os reservatórios. Atualmente, nas 10 maiores usinas hidrelétricas em operação no Brasil, com exceção de Itaipu e Ilha Solteira, todas as demais têm níveis de reservatório baixos. Sempre a energia hidráulica foi dominante no Brasil, que é um dos países mais ricos do mundo em recursos hídricos. Por sua vez, a contribuição do carvão mineral (1,3%) é baixa, pois o País dispõe de poucas reservas e elas são de baixa qualidade. Mesmo com o crescimento pífio da economia em 2012, quase todas as termoelétricas brasileiras foram acionadas a plena carga em outubro por conta dos níveis baixos dos reservatórios, provocando assim a emissão de milhões de toneladas de gás carbônico. O desenvolvimento econômico brasileiro depende da diversificação da sua matriz energética que deve ser baseada em modelos estatísticos que levem em conta as incertezas de geração inerentes às diversas fontes de energia e ao risco da eventual escassez de algumas delas de modo compatível com as reservas disponíveis e, assim, evitando colapsos quando uma fonte de energia tem problemas de abastecimento. A economia brasileira não pode crescer dependendo fortemente da aleatoriedade das chuvas. O consumo de energia per capita no País ainda é muito pequeno, sendo imprescindível que dobre no curto prazo para promover o desenvolvimento sustentável. Para que isso ocorra, precisamos que todas as formas de energia no País cresçam, mesmo levando em conta seus aspectos positivos e negativos. Neste sentido, urge uma maior diversificação na utilização das fontes na matriz energética para suprir a grande defasagem que poderá se acentuar entre a demanda e a oferta de energia no Brasil na próxima década. No curto prazo, deve-se ampliar as térmicas e as fontes energéticas de biomassa, eólica e nuclear como formas complementares ao sistema hidráulico existente. O Governo Federal deve ainda aumentar a eficiência do uso da energia principalmente reduzindo as perdas - avaliadas em 9% -, implantando tecnologias energéticas inovadoras e investindo na geração de energia por meio de outras fontes alternativas (por exemplo, solar) para incorporar à matriz energética, evitando assim o risco de um grande racionamento no País. A periodicidade dos rios em termos de volume de águas sempre provocará temor em relação à confiabilidade do setor elétrico como um todo, acarretando uma situação de insegurança não só aos controladores como aos usuários finais do serviço. A lição que aprendemos por situações como esta deve servir para elaborar ações corretivas por meio de maiores investimentos em pesquisas e execuções de empreendimentos alternativos. O fato inusitado é que um dos recursos mais abundantes da natureza, a energia solar, quase não é citada nas discussões que se travam quando esse problema nos incomoda. *Gauss Cordeiro é professor titular da UFPE Mariz Menezes é engenheiro eletricista Nota da redação: O conteúdo e opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade exclusiva de seus autores. Anterior 9. Espaços de invenção e criação coletiva - artigo de Nelson Pretto* Próxima 11. Mortandade de peixes e lavouras secas nas represas do Nordeste -------------------------------------------------------------------------------- Índice de Noticías - imprimir - enviar - comentário

Químicos terão seu principal encontro científico em maio

Químicos terão seu principal encontro científico em maio Químicos terão seu principal encontro científico em maio Reunião Anual da SBQ receberá trabalhos até 03 de fevereiro A Sociedade Brasileira de Química, SBQ, realizará, de 25 a 28 de maio, em Águas de Lindóia (SP), sua 36ª Reunião Anual, que tem como tema "Química Sem Fronteiras". O encontro reúne pesquisadores, educadores, alunos de graduação e pós-graduação daárea de química e de outras disciplinas, como a física, biologia, bioquímica, botânica efarmácia. Destaca-se como o principal evento de apresentação da produção científica brasileira no setor, contando tradicionalmente com a participação de cerca de 3000 profissionais e média de 1500 apresentações científicas. Os trabalhos cobrem diversos campos de estudo, entre os quais a pesquisa com fármacos, fontes alternativas deenergia, novos materiais, petroquímica e produtos naturais. O prazo para submissão de trabalhos científicos é até 03 de fevereiro de 2013. Veja aqui a programação. A escolha do tema "Química Sem Fronteiras" se dá em sintonia com o momento em que o país assinala como prioridade a busca da inovação como fator para impulsionar o desenvolvimento. "A Química, pela sua ampla presença nas atividades produtivas, tem papel fundamental nessa busca pela inovação. A reunião da SBQ mostra a diversidade e a riqueza do trabalho científico que vem sendo feito no país, e a possibilidade de integração da química com os diversos setores da economia e com as diferentes áreas do conhecimento", observa o presidente da 36ª Reunião Anual, Aldo Zarbin, da Universidade Federal do Paraná. O encontro deste ano relaciona em sua programação científica 16 conferências plenárias, 12 minicursos, 4 sessões temáticas, 18 sessões coordenadas, 10 workshops, 3 sessões de pôsteres, um simpósio e a conferência de abertura. Entre os conferencistas convidados estão pesquisadores da Argentina, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos França e Portugal. (Assessoria de Comunicação da SBQ) Reunião Anual da SBQ receberá trabalhos até 03 de fevereiro A Sociedade Brasileira de Química, SBQ, realizará, de 25 a 28 de maio, em Águas de Lindóia (SP), sua 36ª Reunião Anual, que tem como tema "Química Sem Fronteiras". O encontro reúne pesquisadores, educadores, alunos de graduação e pós-graduação daárea de química e de outras disciplinas, como a física, biologia, bioquímica, botânica efarmácia. Destaca-se como o principal evento de apresentação da produção científica brasileira no setor, contando tradicionalmente com a participação de cerca de 3000 profissionais e média de 1500 apresentações científicas. Os trabalhos cobrem diversos campos de estudo, entre os quais a pesquisa com fármacos, fontes alternativas deenergia, novos materiais, petroquímica e produtos naturais. O prazo para submissão de trabalhos científicos é até 03 de fevereiro de 2013. Veja aqui a programação. A escolha do tema "Química Sem Fronteiras" se dá em sintonia com o momento em que o país assinala como prioridade a busca da inovação como fator para impulsionar o desenvolvimento. "A Química, pela sua ampla presença nas atividades produtivas, tem papel fundamental nessa busca pela inovação. A reunião da SBQ mostra a diversidade e a riqueza do trabalho científico que vem sendo feito no país, e a possibilidade de integração da química com os diversos setores da economia e com as diferentes áreas do conhecimento", observa o presidente da 36ª Reunião Anual, Aldo Zarbin, da Universidade Federal do Paraná. O encontro deste ano relaciona em sua programação científica 16 conferências plenárias, 12 minicursos, 4 sessões temáticas, 18 sessões coordenadas, 10 workshops, 3 sessões de pôsteres, um simpósio e a conferência de abertura. Entre os conferencistas convidados estão pesquisadores da Argentina, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos França e Portugal. (Assessoria de Comunicação da SBQ)

Abertas as inscrições para 65ª Reunião Anual da SBPC

Estão abertas as inscrições para 65ª Reunião Anual da SBPC As inscrições para a 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que será realizada em Recife, entre os dias 21 a 26 de julho, já estão abertas. Elas poderão ser feitas até o dia 28 de fevereiro com desconto, tanto por quem pretende submeter resumos de trabalhos para apresentação na Sessão de Pôsteres, como por aqueles que não vão fazer isso. As inscrições sem desconto poderão ser realizadas a partir do dia 1º de março e se encerrarão no dia 2 de abril para os primeiros, e em 10 de julho para os segundos, que, no entanto, depois dessa data, também poderão se inscrever durante a própria reunião. Todas as informações e orientações, bem como a ficha de inscrição, estão disponíveis no endereço eletrônico http://www.sbpcnet.org.br/recife/home/. Não é necessário, no entanto, se inscrever para participar da Reunião Anual da SPBC. Qualquer pessoa pode assistir às conferências encontros, sessões de pôsteres, atividades culturais (SBPC Cultural) e para estudantes do ensino básico (SBPC Jovem) e exposições (ExpoT&C). A inscrição é obrigatória apenas para quem deseja realizar minicursos oferecidos durante o evento. Ou então, para quem quiser uma (ou mais) das seguintes opções: programação impressa da Reunião, e-Atestado (eletrônico) de participação geral, submeter resumo de trabalho à análise (pelo menos um dos autores precisa efetuar a inscrição) e e-Atestado de minicurso. (Assessoria de Comunicação da SBPC)

Esperança de acordo sobre mudanças climáticas

JC e-mail 4653, de 25 de Janeiro de 2013. 2. Discurso de Obama renova esperança de acordo sobre mudanças climáticas Presidente dos EUA sinaliza que país poderá assumir compromissos de redução na emissão de gases do efeito estufa O destaque dado pelo presidente dos EUA, Barack Obama, às mudanças climáticas em seu discurso de posse para o segundo mandato, esta semana, renovou as esperanças de uma mudança na postura do país nas negociações globais. Segundo especialistas, ao dedicar oito frases ao tema, mais do que a qualquer outro assunto, Obama sinalizou tanto para o público interno quanto o externo que os EUA estão dispostos a assumir compromissos de redução na emissão de gases causadores do efeito estufa, mais de 15 anos depois de assinarem, e nunca terem ratificado, o Protocolo de Kioto, até hoje primeiro e único acordo mundial do tipo. "Vamos responder à ameaça das mudanças climáticas, sabendo que fracassar nisso seria uma traição a nossos filhos e às futuras gerações", disse Obama. "Alguns ainda podem negar o julgamento da ciência, mas ninguém poderá evitar o impacto devastador de incêndios descontrolados, secas debilitantes e tempestades mais poderosas". - Existe uma paralisia histórica nas negociações e, se os EUA assumirem uma posição mais ativa, o cenário muda totalmente - avalia o ambientalista e consultor em sustentabilidade Fabio Feldmann. - Obama está preocupado com o legado que vai deixar para os EUA e para o mundo e, embora as questões dos imigrantes e dos gays tenham forte apelo interno, no cenário internacional a questão climática é a mais importante. Redução de emissões por decreto Segundo Feldmann, Obama deverá atacar o problema em duas frentes. Na doméstica, ele deverá usar decisão recente da Suprema Corte dos EUA, que reconheceu a autoridade da Agência de Proteção do Meio Ambiente (EPA, na sigla em inglês) para estabelecer padrões de eficiência energética e regular emissões que atravessam fronteiras estaduais, para evitar um enfrentamento com os conservadores no Congresso, que rejeitariam legislações neste sentido. Entre as medidas esperadas está a instituição de regras mais estritas para as usinas que usam carvão na geração de eletricidade, o que deverá estimular investimentos em fontes renováveis. E, assim como fez com a indústria automobilística no ano passado, a EPA deverá pressionar pela fabricação de eletrodomésticos mais eficientes no uso de energia. - Isso vai permitir que Obama, por meio da EPA, obrigue a redução das emissões como que por decreto - diz Feldmann. - Só o fato de ele poder fazer isso vai facilitar a negociação política no Congresso, para que ratifique um eventual acordo global. É um instrumento de barganha que ele não tinha até agora e está sinalizando que vai usar. Já no campo externo, Feldmann considera que a afirmação de que as mudanças climáticas são um fato comprovado cientificamente sinaliza que ficou para trás a atitude dos oito anos do governo republicano de George Bush, que dava voz e ouvidos aos céticos do clima. O economista Sergio Besserman, por sua vez, também elogiou o discurso de Obama, mas acha que ainda é muito cedo para afirmar que ele vai se traduzir em uma postura mais ativa nas negociações climáticas. - O que Obama disse é o que todo chefe de Estado minimamente informado sabe: de alguma forma, a ação humana está afetando o clima no planeta - comenta Besserman. - Mas quem acompanha o tema de perto sabe também, por meio de anos de pesquisas e relatórios do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU (IPCC), da gravidade da situação e que o tempo para manter o aquecimento global dentro de uma margem de segurança aceitável já passou. Os esforços voluntários que estão sendo feitos por várias nações, inclusive o Brasil, são bons, mas não têm sequer a chance de mudar o jogo. Besserman, no entanto, também lembra que Obama tem alguns fatores que estão agindo a seu favor, caso decida levar os EUA a terem uma posição de mais liderança nas conversas sobre o clima. Segundo ele, o boom na exploração do chamado gás de xisto está mudando a matriz energética do país, aproximando-o de uma independência da importação de combustíveis ao mesmo tempo em que ajuda a tirá-lo do abismo econômico. - Se este gás for usado para substituir outros combustíveis fósseis, como o carvão, gerando menos emissões, haverá coincidência entre o interesse econômico e uma postura mais agressiva nas negociações globais - avalia. - Num mundo com pouco tempo para chegar a um acordo, este é um passo de grande significado. Não existe negociação separada. Mudanças climáticas, autonomia energética e a saída da crise econômica caminham juntas, e Obama não foi tão firme levianamente. Ele sabe que tem por trás esta equação para apoiá-lo. (O Globo)

Ciência na corda bamba

JC e-mail 4651, de 23 de Janeiro de 2013. 12. Ciência na corda bamba - artigo de Flávio de Carvalho Serpa no Observatório da Imprensa O anúncio divulgado na sexta-feira (11/1) de que o The New York Times havia extinguido sua editoria de Meio Ambiente deixou ecólogos de todo planeta preocupados. Desde que foi criada, em 2009, a seção era considerada uma das mais profissionais e competentes por leitores em todo mundo. Era também uma das de maior reputação nos sites e serviços replicantes. Na selva da cobertura ambiental e climática tem de tudo (como em qualquer outra área jornalística), desde o simples terrorismo e alarmismo apocalíptico até os céticos que ignoram ou desdenham as mudanças climáticas. A seção de meio ambiente do NYT dava, sem dúvida, um selo de qualidade e sensatez aos assuntos que abordava. Ainda não está clara a consequência do desmonte da seção. Oficialmente nenhum jornalista vai ser demitido, apenas realocado em outras editorias. A direção do jornal diz que se trata de um "assunto puramente estrutural" (ver aqui). A justificativa, que até faz sentido, é a de que, quando foi criada, a editoria era para tratar o meio ambiente como uma área "singular e isolada", mas agora as notícias da área têm implicações "nos negócios, economia, saúde, nacional e local". A direção se justifica: "Elas [as notícias] são mais complexas. Precisamos de pessoas trabalhando em editorias diferentes que possam cobrir partes diferentes dos assuntos". Uma das intenções especuladas é que o jornal pretende tirar a notícia ambiental de uma espécie de "gueto verde", frequentado apenas pelos apaixonados e pelos militantes radicais, abrindo assim a penetração do assunto por outras editorias. Valor da experiência Na verdade a cobertura científica do meio ambiente e mudanças climáticas teve nos últimos anos um desempenho tão imprevisível quanto a temperatura do planeta. Em algumas áreas e publicações declinou, em outras melhorou e ampliou, conforme um amplo balanço divulgado no início deste anos por The Daily Climate. Que o conhecimento científico e tecnológico é o fator de maior impacto na vida futura das pessoas quase ninguém discute. Paradoxalmente, os meios de comunicação estão pautando suas ações na direção contrária, diminuindo drasticamente o espaço reservado para assuntos de Ciência e Tecnologia. Assim, editores e diretores tentam contrabalançar a sangria de recursos para a imprensa tradicional, que perdeu 40% das receitas na última década. Compreensivelmente, cortam custos nas áreas que eles acham menos estratégicas. O paradoxo é que aquela que seria a mais impactante área do conhecimento, a Ciência e Tecnologia, é a que mais drasticamente é atingida pelos cortes nas empresas de comunicação. Contra os 40% de queda na imprensa em geral, as seções de Ciência foram ceifadas em 80% - o dobro - desde 1989. Dos 95 jornais importantes que tinham cadernos semanais de Ciência e Tecnologia, 76 foram fechados, segundo levantamento da veterana repórter de ciências Cristine Russel feito para o Centro de Imprensa, Política e Políticas Públicas da Universidade Harvard. Algo semelhante ocorreu também nas redes de TV, inclusive na TV a cabo. Em 2008 a CNN desmantelou a sua editoria de Ciências, dissolvendo-a num balaio que passou a incluir medicina e meio ambiente, sobrecarregando os profissionais que restaram. Meses depois, a NBC tomou a mesma decisão. Mesmo antes disso a tendência já existia. O levantamento do Projeto para Excelência em Jornalismo, do Pew Research Center, feito em 2007, mostrava que em cada cinco horas das TVs a cabo havia mais de 26 minutos de crimes, 12 minutos de acidentes e desastres, 10 minutos de celebridades e migalhas de 1 minuto e 25 segundos de meio ambiente e, finalmente, 1 minuto de ciência. Mais recentemente, refletindo o aumento do interesse popular em assuntos ambientais, vários noticiosos da TV a cabo maquiaram sua aparência com rótulos verde (oGo Green da CNN) e de sustentabilidade, truque que muitas empresas de todos os tipos adotaram como tática de marketing, na maioria dos casos. Felizmente grandes jornais, como o The New York Times eWashington Post, não sucumbiram à tática suicida de cortar custos na qualidade e vão bem economicamente, graças às suas edições digitais. A seção de Ciências do New York Times, que não foi afetada pela recente reestruturação, exibe nada menos que 20 repórteres e redatores fixos, muitos deles veteranos especialistas, justamente aqueles que os jornais menos inteligentes adoram demitir ou trocar por jornalistas menos experientes e mais baratos. "Critérios" editoriais Jornais podem ganhar um fôlego provisório fazendo cortes imediatistas, mas no médio prazo perdem a qualidade - especialmente a qualidade dos leitores - sem garantias de que possam conquistar faixas mais amplas e simplórias de consumidores. Porém cada jornal ou publicação tem idiossincrasias que os tornam mais vulneráveis à perda de qualidade. Minha experiência pessoal no Estado de S.Paulo, como redator e editor na área de Ciência e Tecnologia, é de que o jornal dos Mesquita mergulhou numa espiral de descrédito gradativo ao longo de décadas, e não apenas com o surgimento da internet e outras publicações mais leves. Nas primeiras décadas do século passado, o Estado de S.Paulo podia se orgulhar de ter sido um dos únicos jornais do Hemisfério Sul a noticiar o aparecimento da Teoria da Relatividade, de Albert Einstein. A família Mesquita foi também uma poderosa influência na criação da Universidade de São Paulo. Mas depois de 1964 as relações do jornal com a comunidade científica e acadêmica azedaram irreversivelmente. E não só politicamente. A família assumiu posturas rígidas e em alguns momentos até anti-intelectuais. De um jornal que no começo do século 20 noticiava Albert Einstein na primeira página, assisti ao dia em que o familiar no comando repreendeu por escrito uma jornalista de ciência, Ruth Helena Bellinghini, por causa de um artigo baseado no site da revista Nature. A matéria da Nature anunciava com destaque que um cientista brasileiro havia resolvido um paradoxo relativista: um submarino viajando a velocidade próxima à da luz ganha mais massa, e por isso afunda mais? O ranço anti-intelectual agravou depois do afastamento do então diretor de Redação, Antônio Pimenta Neves. Uma diretoria tosca colocada às pressas no lugar do assassino cometeu desmandos bizarros. OEstado de S.Paulo tornou-se o único jornal do planeta a demitir não um, mas dois jornalistas com cursos de especialização no Massachussets Institute of Technology (MIT) - Alessandro Greco e a Ruth Bellinghini. As causas das demissões foram mesquinhas e resultado da prepotência de uma diretoria anti-intelectual. Ruth já estava na mira por ter se recusado a escrever uma bizarra história sobre um médico australiano que afirmava que a masturbação evita o aparecimento do câncer de próstata. Ela alegou que o tal trabalho do médico não fora publicado em revista de ciência nem tinha revisão de pares (peer review). A matéria acabou sendo traduzida e publicada com destaque, "porque dava leitura". Já o Alessandro foi demitido por publicar um artigo sobre doenças do asbesto e amianto. A associação nacional dos fabricantes do cancerígeno reclamou diretamente com a diretoria e obteve a cabeça do jornalista. Flávio de Carvalho Serpa é jornalista
JC e-mail 4651, de 23 de Janeiro de 2013. 4. Escolas de tempo integral terão novo currículo - Agência Estado faz correções em relação a matéria publicada pelo jornal O Estado de São Paulo e reproduzida pelo JC-email Mudanças nas instituições de ensino fundamental que não migraram para novo modelo incluem reforço de português e matemática As escolas de ensino fundamental de tempo integral do Estado de São Paulo vão passar por uma reformulação curricular. O objetivo é fortalecer o aprendizado de língua portuguesa e matemática. Diferentemente do que afirmava a reportagem publicada na edição desta terça-feira, 22, do jornal O Estado de S. Paulo, a nova diretriz não acaba com o ensino de ciências nos três primeiros anos do ciclo 1. As disciplinas já não constavam na grade nos últimos anos, mas, segundo a Secretaria de Educação, os temas são abordados nas outras aulas. A nova diretriz vale para as 297 unidades que já estavam no programa desde 2006 e exclui as 21 escolas que não migraram para o novo modelo de ensino integral - criado em 2012 para o ensino médio e estendido para o fundamental neste ano. Os alunos dessas escolas continuam com 15 aulas de língua portuguesa por semana no 1.º e 2.º anos (respondendo por 60% da carga semanal). O restante será ocupado por matemática, com 6 aulas (25% da carga semanal), e educação física/arte, com 4 aulas. No 3.º ano, sobe a carga de matemática (para 40% ) e cai a de língua portuguesa (para 35%). Só nos 4.º e 5.º anos os alunos passarão a aprender ciências, história e geografia, o equivalente a 7 aulas. A Secretaria de Educação argumenta que "o objetivo é tornar o currículo mais atraente". As alterações são resultado, segundo a pasta, de processo que começou em 2011 e contou com a colaboração de dirigentes e supervisores. Nos anos finais do fundamental (do 6.º ao 9.º ano), as disciplinas de ciências humanas (história e geografia) ganham mais aulas do que ocorria até o ano passado - matemática também teve reforço na carga total, que aumentou. A diretriz descreve agora dois modelos de carga horária, de 40 e 45 horas semanais. Além do currículo normal, estão previstas atividades complementares e oficinas. O governo quer que a nova diretriz promova uma integração maior entre disciplinas básicas e oficinas. Nesse último grupo, entram educação financeira e sexualidade e some, por exemplo, filosofia. No total, existem agora dez oficinas curriculares, que podem ser adotadas pelas escolas. As oficinas vão de atividades artísticas e esportivas, que já eram previstas anteriormente, às novas educação financeira, para o trânsito, étnico-raciais e direitos humanos. Nos anos iniciais, as escolas deverão ter pelo menos oito das dez oficinas e nos finais, pelo menos seis. Serão obrigatórias atividades de hora da leitura, produção de texto, experiências matemáticas e língua estrangeira - como já ocorria antes. Nos anos finais, também serão obrigatórias oficinas de orientação de estudos. O governo assegura que terá professores suficientes para atender às demandas, até para as oficinas mais específicas. "Há professores já formados e outros que deverão passar por formação", afirma a secretaria. (Agência Estado)