segunda-feira, 11 de março de 2013

Uma ponte entre a ciência e o grande público

JC e-mail 4680, de 08 de Março de 2013. Mesa redonda no Instituto de Física da USP vai discutir quais as finalidades da divulgação científica, como ela deve ser feita e qual o papel da comunidade científica nessa tarefa Na próxima quarta-feira, dia 13 de março, o Instituto de Física da USP vai receber a mesa redonda "Divulgação científica: uma ponte entre a ciência e o grande público". Participarão do debate o mediador Ernst Hamburger e os palestrantes Caio Lewenkopf, do Instituto Ciência Hoje; Mariluce Moura, pesquisadora da Fapesp; e Ulisses Capozzoli, do Scientific American Brasil. Otaviano Helene é o responsável pela organização. O evento está marcado para as 14h, no Auditório Abrahão de Moraes. A mesa pretende discutir quais as finalidades da divulgação científica, como ela deve ser feita e qual o papel da comunidade científica nessa tarefa. O evento será transmitido pela IPTV, que pode ser acessada pelo site www.iptv.com.br --------------------------------------------------------------------------------

Terra se aproxima de maiores temperaturas em 11 mil anos

JC e-mail 4680, de 08 de Março de 2013. Pesquisa reuniu dados de 73 localidades ao redor do mundo para estimar a temperatura global (e local) no período geológico conhecido como Holoceno Um novo estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Estadual do Oregon e da Universidade Harvard, ambas nos EUA, reconstruiu a temperatura média da Terra nos últimos 11,3 mil anos para compará-la aos níveis atuais. A boa notícia: a Terra hoje está mais fria do que já esteve em sua época mais quente desse período. A má: se os modelos dos climatologistas estiverem certos, atingiremos um novo recorde de calor até o final do século. O trabalho, publicado na revista "Science", reuniu dados de 73 localidades ao redor do mundo para estimar a temperatura global (e local) no período geológico conhecido como Holoceno, que começou ao final da última era do gelo, há 11 mil anos. Depois de consolidar todas as informações, em sua maioria provenientes de amostras de fósseis em sedimentos oceânicos, num único quadro --além de usar técnicas matemáticas para preencher os "buracos" encontrados nas diversas fontes usadas para estimar a temperatura no passado--, os cientistas puderam recriar uma "pequena história da variação climática da Terra". Diz-se pequena porque os resultados não permitem enxergar a variação ocorrida em uns poucos anos. É como se cada ponto nos dados representasse a temperatura em um período de 120 anos. A HISTÓRIA Os dados confirmam uma velha desconfiança dos cientistas: a de que a Terra passou por um período de aquecimento que começou cerca de 11 mil anos atrás. Em 1,5 mil anos, o planeta esquentou cerca de 0,6ºC e assim se estabilizou, durante cerca de 5.000 anos. Então, 5,5 mil anos atrás, começou um novo processo de esfriamento --que terminou há 200 anos, com o que ficou conhecido como a "pequena era do gelo". O planeta ficou 0,7ºC mais frio. Entram em cena a industrialização acelerada e o século 20. O planeta volta a se esquentar. No momento, ele ainda não bateu o recorde de temperatura visto no início do Holoceno, mas já está mais quente que em 75% dos últimos 11 mil anos. Assim, o estudo confirma que a temperatura da Terra está subindo em tempos recentes e mostra que a subida é muito mais rápida do que se pensava. "Essa pesquisa mostra que já experimentamos quase a mesma faixa de mudança de temperatura desde o início da Revolução Industrial que foi vista nos 11 mil anos anteriores da história da Terra --mas essa mudança aconteceu muito mais depressa", comenta Candace Major, diretor da divisão de Ciências Oceanográficas da Fundação Nacional de Ciência dos EUA, que financiou o estudo. Por outro lado, a baixa resolução temporal do estudo (é impossível distinguir efeitos de poucos anos) dificulta a comparação com o atual fenômeno de aquecimento. Para a mudança climática atual se tornar relevante na escala de tempo analisada pelo modelo de reconstrução dos últimos 11 mil anos, ela precisa continuar no próximo século. Segundo os modelos do IPCC (Painel Intergovernamental para Mudança Climática), da ONU, é isso que vai acontecer. Contudo, ainda há incertezas sobre a magnitude do fenômeno. De toda forma, mesmo pelas estimativas mais otimistas, quando chegarmos a 2100, se nada for feito, provavelmente estaremos vivendo o período mais quente dos últimos 11 mil anos. (Salvador Nogueira - Folha de São Paulo)

Hidrelétricas na Amazônia: desenvolvimento para quem?

Hidrelétricas na Amazônia: desenvolvimento para quem? Artigo de Nelson Sanjad Conheci a cidade de Tucuruí em 1988, quatro anos depois de inaugurada a hidrelétrica que interrompeu o fluxo natural do rio Tocantins. Era, então, um espaço populoso, deteriorado e caótico, impressão que se amplificou ao visitar o núcleo urbano da construtora Camargo Correa, protegido por muros, guaritas e homens armados, com casas amplas e ajardinadas, com um confortável hotel para os hóspedes ilustres e com uma bela vista do vertedouro e do lago formado pela barragem. No tour pela usina, um funcionário da Eletronorte orgulhosamente apontou para uma ilhota, informando que a empresa instalara ali um banco genético das espécies vegetais que ocorrem (ocorriam?) na região, sem nada esclarecer sobre as copas de árvores mortas que emergiam por todo o imenso lago, visão que lembra, de imediato, em qualquer espectador, um cemitério repleto de cadáveres mal enterrados. Inquirido por que as árvores não foram retiradas, o funcionário tergiversou (alguém ainda lembra do escândalo Capemi?). Os danos sociais e ambientais - para não falar das questões éticas e nem da corrupção - que as grandes obras de infraestrutura provocam na Amazônia já foram plenamente demonstrados por muitos pesquisadores e jornalistas, assim como também já foi comprovado que os efeitos benéficos desses empreendimentos não se localizam na região, isto é, as promessas de desenvolvimento e oportunidades são cumpridas a muitos quilômetros de distância, às vezes, em outros países e continentes. Na região ficam apenas os royalties (a maior parte dos impostos é desonerada pelo governo federal), o passivo ambiental, alguns empregos disputados por hordas de imigrantes e muita miséria e violência. Esse é um efeito perverso, mas não fortuito. A transferência de matéria-prima e energia da Amazônia para outros lugares faz parte de um projeto colonizador gestado na ditadura militar (1964-1985), que define a região como provedora de recursos para o Brasil - e somente isso. Infelizmente, finda a ditadura há quase 30 anos, esta ainda é a visão que prevalece nos círculos de poder mais importantes de Brasília. As instituições do governo federal responsáveis pelo planejamento, pelo financiamento e pela execução das grandes obras conhecem muito bem esse processo de socialização dos prejuízos. Sabem o que ocorre com os municípios que abrigam tais obras, os efeitos nefastos sobre os sistemas locais de saúde e educação, sobre os preços e a moradia, sobre o transporte, sobre a estrutura fundiária, sobre os modos de vida, sobre a floresta, os animais e os rios. Isto tudo já foi documentado, mas parece não fazer parte ou não importar para o governo que planeja e os empreendedores que constroem. Exemplo atual são os bilhões investidos pelo governo federal na construção da primeira usina do rio Xingu, sem a necessária contrapartida em gastos sociais e ambientais. Ou sem o fortalecimento - em igual proporção - de instituições fundamentais para a governança da região, como a Funasa, o Ibama, a Funai e a Polícia Federal. Ou, ainda, sem uma visão estratégica do planejamento regional e sem a aplicação de recursos - também em igual proporção - em pesquisa científica e tecnológica relevante para a conservação e o desenvolvimento da região. Apesar da distância que separa o governo dos generais e o atual governo democrático do Brasil, em termos de política energética, parece não haver diferenças significativas entre o ano de 1975, quando a UHE Tucuruí começou a ser erguida, e o de 2012, início das obras de Belo Monte. O que mudou foi o discurso politicamente correto de sustentabilidade, mas que se revela sempre como retórica frente às ações concretas. O mais recente número do Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas (dezembro de 2012) encerra um dossiê que aborda esse tema, certamente um dos mais importantes da atualidade, pois tem como horizonte o destino e o futuro da região. Foram convidados três especialistas para responder a seguinte pergunta: as hidrelétricas na Amazônia geram desenvolvimento para quem? O texto do jornalista Lúcio Flávio Pinto (Jornal Pessoal, Pará) parte da experiência histórica da UHE Tucuruí para questionar a construção de Belo Monte, seja nas dúvidas provocadas pelo projeto da obra, na fragilidade dos estudos de viabilidade econômica ou na falta de transparência do governo no processo de planejamento e execução. A geógrafa Bertha Becker (Universidade Federal do Rio de Janeiro) prossegue com um enfoque geopolítico, criticando a falta de integração das grandes hidrelétricas na Amazônia com uma política justa de uso e gestão da água. Ao mesmo tempo em que se prioriza o atendimento às demandas por energia existentes no centro-sul do Brasil e a construção de vias de escoamento de commodities, desconsidera-se a falta de saneamento básico e de acesso à energia elétrica na própria Amazônia. Finalmente, para o engenheiro Francisco Del Moral Hernandez (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, São Paulo), a política energética do governo federal, expressa em planos decenais, deve ser democratizada de maneira a promover o debate público sobre fontes de energia, demanda e oferta, sustentabilidade, impactos ambientais e a efetiva proteção das populações locais. Segundo o autor, também é necessário rever e ajustar o processo de licenciamento ambiental, desde os conceitos básicos que sustentam a avaliação dos analistas, como o de 'área afetada', até a inclusão de novos pontos de análise, como o descomissionamento de hidrelétricas. Essas contribuições iluminam o debate sobre o assunto e incentivam a ampliação de pesquisas sobre planejamento regional, políticas públicas, uso e gestão da água, democracia e bem-estar social no Brasil. A agenda desenvolvimentista foi revigorada com grande ímpeto, travestida de expressões que encantam a imprensa, como 'crescimento econômico', e parece ter sido capturada por fortes interesses econômicos e pelo pragmatismo do governo brasileiro. Mais do que nunca é necessário refletir sobre esse processo e oferecer informações responsáveis à sociedade para que a história contemporânea da Amazônia, de Tucuruí aos novos projetos hidrelétricos dos rios Xingu, Madeira e Tapajós, venha a ter outros ingredientes além do autoritarismo. Para acessar a revista, clique aqui http://www.scielo.br/bgoeldi. Nelson Sanjad é editor científico do Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi.

sábado, 9 de março de 2013

‎6º Encontro Internacional de Astronomia e Astronáutica

‎6º Encontro Internacional de Astronomia e Astronáutica O evento será entre os dias 18 e 20 de abril. A abertura será no Teatro Trianon e haverá alojamento gratuito. https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgK4-l_84_MxXy8Fv-PrB-zwR_T4Lu1K5cjCnSJ1Vlpg3nv78S8KNIJTmxbViS6uphjHhTmEoAU2YyXuNj6IwaQX6P5DwC9Wu5AR7mqyKMk2yJDzwqBCJoklujAZH7FSsuUL2Hc1ZoqSS8/s1600/eiaa2013.JPG 3.bp.blogspot.com

Alfabetização Infantil

Atividades de Alfabetização e Educação Infantil -> http://www.atividadeeduca.com/

APOIO AO PROFESSOR

O Programa Apoio ao Professor é um programa de extensão universitária para a formação continuada de professores e especialistas em educação de todo o Brasil. Totalmente gratuito, ele oferece cursos de extensão na modalidade a distância para qualquer educador ou educadora do país que busque o aperfeiçoamento e o crescimento profissional. O Apoio ao Professor conta com a parceria da Central de Cursos da Universidade Gama Filho, que supervisiona e chancela as suas atividades, oferecendo certificados de participação reconhecidos pelo Ministério da Educação. Diante do alcance e da importância de sua proposta, o Programa Apoio ao Professor tem o apoio da UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, através de seu Escritório Regional para a América Latina e Caribe e da sua Representação ante o MERCOSUL......" Apoio ao Professor www.apoioaoprofessor.com.br Programa de Extensão Gratuito da Central de Cursos da Universidade Gama Filho